POEMA PUBLICADO NO PANORAMA LITERÁRIO BRASILEIRO 2011/2012.
Coração impenetrável
Várias e inumeráveis vezes tentei.
Naquele peito majestoso me infiltrar,
como uma flecha pontiaguda meu desejo amoroso penetrar.
Distanciaste sempre, do amor calado e constante que demonstrei.
Teu olhar! Sempre com desvio deste sentimento seguro,
tateando com olhos cerrados... outros lados.
Talvez medo, de que nossas íris se conscientizassem deste amor puro,
e... então o entrelaçar de corações enamorados.
Porque fugiste da evidência,
que em encontros casuais.
Brotavam destas duas criaturas o mais alto fulgor distanciado-nos da carência,
explodindo em alegrias... como jorros de fontes em mananciais.
Foste a mais amada.
E como uma estrela cadente,
navalhaste este coração... sem piedade e razão.
Como a rispidez que ela traça sua linha cintilante, em céu brilhante.
Deixando-me lacrimejar, até que este corpo perca o equilíbrio.
Para reerguer-se... Agora apoiando-se na mente,
em busca de um entrelaçar-se, a outro coração que brilha como chama ardente.
ABRAÃO LEITE SAMPAIO.
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