Abraão Leite Sampaio
Governador Valadares / MG
Pablo Neruda
Ao Tcheco Jan Neruda... tinha admiração eloquente.
De... Neftalí Basoalto oficializou-se “Pablo Neruda”.
Suas poesias deram brilho ao nome emprestado, tornando-o mais reluzente.
Andes e Pacífico estreitavam espaço, a “Este” que já não tinha limite para seu passo.
Eram “Elas” as palavras que o elevavam a púlpitos bem talhados,
sem arestas em nenhum dos ângulos e lados.
Donde as proferiam com maestria dando vida a soneto e poesia.
Os versos vinham-lhes em sintonias perfeitas,
Soavam como ecos de acordes musicais a percorrer seu longo e estreito país.
Encravado entre duas explosões de beleza da natureza,
Escoltado pelas imponentes montanhas andinas presenteadas por entidades divinas.
Época outra, onde o grito de liberdade era de extrema necessidade.
Empunhou a “arma” mais relevante nesta sua caminhada itinerante.
A “ haste delineadora”... rabiscaram versos que se espalharam pelo universo,
arma florida que feria sem agressão física evitando opressão que deixa “Nação” ferida.
Assim foi o homem que aspirava letras e expirava frases.
Grito alto sem estridência, evidenciando sabedoria e prudência.
Olhos que fingiam não vê-lo e ouvidos que o ignoravam,
renderam-se ao perceberem que não só os compatriotas o amavam.
Porque o galardão maior caiu em seus braços contemplando sua arte,
Veio o “Nobel”... que com mãos firmes o segurou.
Ciente que sem empunhar artefatos belicosos o mundo o consagrou.
-----------------------------------------------------------------------------------------------
Nenhum comentário:
Postar um comentário