sexta-feira, 24 de abril de 2015

Agradeço ao “GRUPO EDITORIAL SCORTECCI”, por divulgar meu romance, Resgate do Pulmão em seu site e outros veículos da mídia. Com uma entrevista sobre este meu trabalho.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Entrevista com Abraão Sampaio - Autor de: RESGATE DO PULMÃO


Nascido em 08 de Março de 1955 na cidade de Santa Branca São Paulo. Na década de 70 vivenciou de 1975 a 1980 a dura e implacável ditadura que nossa vizinha Argentina mergulhou com a queda de Isabelita Perón do poder. Neste período esteve cursando engenharia industrial na província de San Miguel de
Tucumán , onde o reduto dos militantes de esquerda tinha seu berço. Ali o General Jorge Rafael Videla aplicou de forma brutal a “Doutrina Francesa na luta contra guerrilhas” onde os militares tinham quatro passos básicos a serem seguidos no processo de eliminação de opositores:
detenção, prisão em centros secretos onde eram torturados para conseguir informações, execução e desaparecimento. Cursou engenharia Industrial na UNSTA (Universidad Del Norte Santo Tomaz de Aquino – Católica de San Miguel de Tucumán – Argentina). Curso básico de Literatura Espanhola na UNT(Universidad Nacional de San Miguel de Tucumán – Argentina). Engenheiro Metalúrgico, graduado pela UNIVALE(Universidade Vale do Rio Doce). Curso de pós-graduação lato sensu em “Docência do Ensino Superior”, na UGF( Universidade Gama Filho ) – Campus Gonzaga – RJ.
Prêmio Destaque Poético 2013
pela Academia de Letras e Artes de Fortaleza.
Acadêmico Honorário da - Litteraria Academiae Lima Barreto.
Tem participação em 110 Antologias poéticas.
Sendo uma delas a ser lançada pela Global Editora.
Grandes nomes da literatura brasileira participam deste projeto da Editora Global:
Lygia Fagundes Telles, Menalton Braff, Fernando Henrique Cardoso, Audalio Dantas, Frei Betto, Hernani Donato,Tatiana Belinky, Celso Laffer,Ronaldo Costa Couto, Ives Gandra Martins, Tatiana Belinky, Ronaldo Costa.


O desejo obsessivo em salvar o meio ambiente da estudante de enologia, Helene Garrett. Motiva a bela jovem de aparência delicada, mas dona de uma firmeza impar em seus argumentos, a  ter reuniões intencionais com os melhores alunos do colégio internacional "École Polytechnique" onde realiza seus estudos. Destas reuniões surge um grupo coeso, onde a persuasão de Helene, convenceu àqueles estudiosos a ajuda-la na busca de um meio de lutar pela salvação da grande floresta tropical, que estava sendo devastada por um governante populista e descompromissado com o equilíbrio do meio ambiente.No caminho em busca deste grande feito, há o entrelace da enologia com a virologia, resultando em “arma” letal. O virologista Gorky com sua inteligência brilhante consegue isolar o vírus causador da enfermidade mais temida pelo homem.Com a "arma" em seu poder o grupo se desloca do continente, para tentar a conquista desta salvação.
Os caminhos para se chegar a este objetivo lhes impõem uma série de obstáculos, trazendo momentos extraordinários aos heróis, mas as barreiras, mesmo se postando como intransponíveis, são vencidas por estes verdadeiros gladiadores, que não medem esforços para aliviar as gerações futuras do sufoco da poluição.
Olá Abraão. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Há um entrelace entre o meio ambiente, a enologia e a atitude francesa em relação ao trato com a natureza. A personagem Helene Garrett, descobre no continente sul americano a essência que faz a diferenciação de seu vinho; levando-o ao topo na classificação dos vinhos no velho continente. Sua elevação social através deste feito faz com que visite o país originário desta essência; e defenda a eliminação do extrativismo e do governo populista praticado por esta nação.
A ideia surgiu das viagens que fiz à França, mais precisamente em Saint Emilion, situado na margem direita do Rio Garonne, próxima de Bordeau. Esta região com inúmeros castelos medievais é classificada como Patrimônio Mundial da UNESCO. Fica no sul da nação, aí tive contatos com muitos viticultores. Em um dos Chateau em que estive, conheci uma enóloga que deu vida ao personagem de meu romance.
Meu livro destina-se a um público adulto. Enfim um leitor que ademais da emoção que um romance traz, ele tenha interesse pelo meio ambiente, e rejeição por governo populista. Que são os dois itens principais desta trama.
Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Abraão Leite Sampaio, nascido em 08 de Março de 1955 na cidade de Santa Branca- São Paulo.
Cursei engenharia industrial na UNSTA (Universidad Del Norte Santo Tomaz de Aquino – Católica de Tucúman – Argentina). Curso básico de Literatura espanhola UNT (Universidad Nacional de Tucúman – Argentina). Engenheiro Metalúrgico, graduado pela UNIVALE (Universidade Vale do Rio Doce). Curso de pós-graduação em “Docência do Ensino Superior”, na UGF (Universidade Gama Filho)-Campus Gonzaga.
No decorrer de minha graduação, tive a oportunidade de vivenciar dois governos ditatoriais. Meu ingresso no curso se deu no ano de 1976, final do governo democrático de Izabelita Perón, segunda esposa do caudilho, General Juan Domingos Perón que havia falecido no poder sendo substituído pela vice.
Nesta época encontrava-me na província de Tucumán, situada no noroeste argentino, precisamente em sua capital: San Miguel de Tucumán.
Através de um convênio cultural, existente entre Brasil e Argentina, passei a cursar Engenharia Industrial.
Com o golpe militar ocorrido em março de 1976, nós estudantes sentimos de imediato a truculência imposta pelo novo regime, onde a liberdade no expressar e no agir, já não era mais admitida naquele meio onde há pouco o livre expressar enriquecia aquilo que nos era ensinado, dando a cada um o tão sonhado aprender dentro do campo escolhido.
A partir daí veio à mudança que cada vez mais nos tolhia, fazendo com que os ensinamentos fossem efetuados por professores alinhados com o novo regime, pois devido nos encontrarmos em uma região onde o grupo armado ERP (Ejército Revolucionário Del Pueblo), tinha sua base definida. Porque a localização geográfica da cidade era propícia ao movimento e também pelo grande número de estudantes estrangeiros simpatizantes do grupo, existentes nas duas Universidades e inúmeras Faculdades da capital.
Mesmo com todas as adversidades, dei seguimento ao meu curso, pois apesar da arbitrariedade do governo militar, era notável a importância que o país dava ao desenvolvimento cultural, onde tive a oportunidade de assistir palestras de grandes mestres da língua espanhola, dentre os quais me recordo com grande clareza o dia em que: Jorge Luiz Borges esteve na universidade, apesar de seu alinhamento com o governo, seu brilho não foi ofuscado pela ideologia e houve aplausos, não caberia outra reação dos acadêmicos, porque Borges transcendia ao mundo ideológico com suas brilhantes narrativas.
Devido à forte ofensiva imposta pela tropa direitista aos militantes de esquerda, fazendo com que a segurança já não tivesse mais confiabilidade, voltei ao Brasil sem que minha graduação fosse concluída, depois de cinco anos neste país onde apesar dos contratempos, trago belíssimas recordações.
Ao voltar ao Brasil, também sob um regime ditatorial, porém sem aquela opressão reinante no país vizinho, passei a cursar Engenharia Metalúrgica, graduando-me na mesma. Sobre meu período de estudos já dentro da Metalurgia, tive experiências muito diferentes daqueles anos de estudos na Engenharia Industrial, aqui vi e presenciei o desinteresse em que as autoridades se dirigiam a este setor. Aqui a oposição ao regime era realizada de uma forma totalmente diferente daquela que havia vivenciado na escola anterior, aqui o meio estudantil buscava a socialização do ensino, pois o acesso à Universidade era extremamente limitado, o que não ocorria no país vizinho, pois o ingresso era livre e gratuito, o que os deixava numa posição bem mais cômoda que a nossa, pois lutavam por melhoria no ensino, que a meu ver estavam bem a frente de nós.
Os anos se passaram e concluímos que o avanço não chegou, temos sim grandes quantidades de casas de estudos, porém oferecendo um aprendizado que não trará aquilo que o meio científico se baseia para sustentar as novas descobertas. Claro que neste universo de escolas a que o país dispõe, existem exceções com excelentes qualidades, mas é pouco para uma nação com este volume populacional que se aumenta cada vez mais.
Meu interesse pela Literatura:
Sempre trilhei o caminho das exatas, mas para minha felicidade tive o prazer de posicionar-me diante do grande contista, ensaísta, romancista enfim um artista das letras, o incomparável ”Jorge Luiz Borges”. Fato ocorrido no ano de 1978 quando o grande mestre veio como palestrante na Universidade Nacional de San Miguel de Tucuman – Argentina.
Ali tive um imenso desejo de tentar pelo menos sonhar em visualizar suas pegadas, antes que o mito desaparecesse como num encanto já como um ser inexistente, pois mesmo com aquela proximidade física havia uma linha transcendental entre aquela figura soturna, motivada talvez pela cegueira já se acentuando, porém com uma áurea brilhante que ofuscava os demais presentes, e nós espectadores hipnotizados no decorrer de palestra inigualável.
Projeto no mundo das letras:
No decorrer de minha vida fui obrigado a ter o contato direto com as exatas, mas posso afirmar com toda segurança, que a resolução de um cálculo não mexe com meu emocional, assim como um verso me traz a alegria e o sonhar de que tudo em nosso viver pode-se realizar.
Tenho uma admiração tão acentuada pelos homens que nos levam em viagens onde as variedades de paisagens, diálogos e personagens nos embalam em sonhos que nem o mais profundo dormir traria, que fico na inibição de diferencia-los.
Portanto vou apenas fechar os olhos e lembrar-me de todos que vierem a minha mente e dizer vocês escritores são responsáveis pelo clarear brilhante das manhãs e o escurecer das noites para nossas prosas, quando somos abandonados pela estrela mestra... cintilante e brilhosa.
Não é meu primeiro livro, e não tenho dúvidas que virão muitos ainda virão.
O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Para dedicar-se integralmente à literatura no Brasil, somente em aposentadoria. Incentivo governamental não há. Rouanet "A Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991)". Com a entrada do governo petista no poder, somente os apadrinhados são amparados por este caminho.
Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Pela internet.
O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Porque ademais de ser um romance que põe o amor em primeiro plano. O leitor poderá certificar-se, que mesmo sendo uma ficção, a trama está bastante próxima do mundo real.

Obrigado pela sua participação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário